1+1=3 - Como as TI geram Melhores pessoas

Alina OliveiraConsultora, Formadora e Coach

Em 2010 estimou-se que a quantidade de informação gerada duplicou anualmente, existem mais idosos no mundo que no século anterior, mais millennials entraram pelas portas das empresas como nunca (apesar deste ser o tempo da geração X)  e que a tecnologia invadiu a nossa vida! Cada vez mais, as organizações são ORGANIZAÇÕES QUE APRENDEM (Peter Senge). São verdadeiras comunidades do conhecimento que utilizam a tecnologia como plataforma e meio, não como fim.

 

As redes sociais são plataformas online que reúnem pessoas em torno de um interesse, por norma social e de troca de conhecimentos e experiências sociais. Já as redes sociais corporativas reúnem os profissionais de uma organização em uma plataforma restrita.  Em alguns casos as empresas reúnem na mesma plataforma clientes internos, externos, fornecedores e parceiros criando uma rede colaborativa abrangente, que trabalha em conjunto as soluções da operação e processos de inovação.

 

Quais são as vantagens destas plataformas de conhecimento integradoras de personalidades:

Em primeiro lugar, Inovação:

Integrar colaboradores, fornecedores e clientes num mesmo ambiente e buscar feedback, envolver o cliente nas decisões e, principalmente, incentivar a inovação em todas as esferas.

Em segundo lugar, permitem Colaboração:

Diversas empresas já estão buscando alternativas ao e-mail. Disponibilizar o conhecimento crítico de sua empresa em uma rede social corporativa é a melhor forma de incentivar a colaboração entre seus funcionários.

Em terceiro lugar, a Disponibilidade:

Permite que as informações estejam disponíveis em tempo real a todos os envolvidos, sem a dependência dos e-mails.

Por último, o CRM 2.0:

Trazer o cliente, seja ele interno ou externo, para sua rede social corporativa é torna-lo mais fiel ao seu propósito e produtos, além de possibilitar a interação com ele, ouvir sua opinião, e criar novos produtos que atendam às suas reais necessidades

No entanto, mesmo no século XXI, existem muitos problemas e percalços que podem tornar mais lento este processo integrador, e a maior parte deles são culturais e alguns mesmo, geracionais, tais como:

  • Cultura da empresa
  • Elos de confiança
  • Risco de não existir quem decida (accountability dispersa)
  • Tecnologia (curva de aprendizagem necessária)
  • Autonomia e individualismo
  • Excesso de dados (e não de informação)
  • Má definição das questões

 

A falta de sensibilidade para poder trabalhar e ultrapassar estes problemas pode limitar o desenvolvimento das comunidades de conhecimento, e aqui a liderança da organização é fundamental para aculturar a mesma no sentido de criar os mecanismos que permitam ultrapassar as barreiras que limitem esta evolução natural. Para isso podemos utilizar meios de comunicação unidireccionais ou bidireccionais, que a seguir exemplifico:

UNIDIRECCIONAIS

  • Site, Corporate TV, Newsletter, Newsletter, Noticias, etc

BIDIRECCIONAIS

  • Reuniões de quadros, Reuniões de Internos, Processo de avaliação anual, processo de feedback a 360 graus, Intranet, Face time corporate (Videofone), Discussion agenda Network (eTool), Crowdsourcing, Digital marketing (FB, LinkedIn), Elevator Pitch (social blog), etc.

 

A utilização correcta e eficiente destas ferramentas estratégicas de comunicação interna e externa, vão aculturar a organização num sentido positivo de optimização das TI como potenciadoras do conhecimento e não frustadoras das expectativas, ou desresponsabilizadoras das pessoas ou pior, gastadoras do seu precioso tempo…

Por último, toda esta revolução de criação da comunidade do conhecimento dentro das organizações, vai (ou já gerou) uma mudança de poderes e das competências nas empresas relacionais:

  • Passámos da Supremacia do produto para a Supremacia do consumidor, este tem a última palavra pois “conseguimos ouvi-lo” antecipamos a suas necessidades.
  • Da supremacia do detentor da informação para a supremacia do disseminador da informação, que o gestor da rede.
  • Da orientação para o problema para a orientação para a solução.
  • Da hegemonia das Hard skills (que se tornam uma comoditie) para a hegemonia das  Soft Skills
  • Da massificação para o One to One, devido á enorme capacidade de processamento de dados existente.
  • Da rigidez Hierárquica para as comunidades colaborativas e em rede.
  • Do chefe para o líder de projecto que tem as melhores competências para desempenhar aquela função num determinado momento.

 

Portanto se ainda não está preparado, prepare-se… Tem uma oportunidade única de potenciar a TI na sua organização! OU … Deixar-se ultrapassar e esclerosar!!!!

Por último deixo-vos com uma filosofia de vida – “Em tempos de crise muitos choram, mas alguns vendem lenços de papel”!

Escrito por

Alina Oliveira

Autora do livro “ Resiliência para Principiantes” – ed. Sílabo, 2010.Sou formadora e consultora nas áreas da gestão e liderança de equipas, resiliência, comunicação e gestão de conflitos, gestão do tempo, resolução de problemas, relações cliente/fornecedor.Um dos temas que mais me apaixona é a Resiliência, o que me levou a escrever um livro sobre essa temática: “Resiliência para Principiantes”.
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