Está pronto para se transformar num líder do futuro?

Arthur DinizCo-fundador e CEO da Crescimentum (parte do Grupo CEGOS no Brasil)

Assistimos, desde o início da pandemia, a uma verdadeira e profunda transformação da liderança. Um novo contexto, que passa a influenciar novas exigências para profissionais e organizações e nos deixa cada vez mais claro que, para sairmos da crise mais fortes e resilientes, é necessário repensar, por um lado, “O que significa liderar hoje?” e, por outro, “Como é que lidar com uma crise molda o futuro das nossas organizações e pessoas?”. 

 

 

Dominar este contexto e preparar as organizações para o que quer que venha a seguir tornou-se uma competência crítica e desafiadora. E porque a crise que enfrentamos é um caso extremo, tornou-se também relevante que os líderes desafiem os antigos moldes de gestão e desenvolvam já hoje novas competências necessárias para encarar o novo mundo… o mundo que passou de VUCA a BANI, ou seja, que passou da volatilidade para a fragilidade, da incerteza para a ansiedade, da complexidade para a não-linearidade e da ambiguidade para a incompreensão.  

Perante este cenário BANI, o World Economic Forum elenca 4 ideias-chave que ajudam os líderes a compreender e a preparar-se para este momento de verdadeira transformação: 

1 – Um forte sentido de propósito permite adaptabilidade 

Possuir uma missão e um propósito sólidos e claros a todos os níveis da organização permite que as equipas levem a cabo uma reinvenção rápida de todos os processos. O alinhamento e partilha de um propósito comum contribui para a adaptação a este novo cenário. A pergunta que os líderes devem fazer neste momento é: “Como criar e partilhar uma visão de sucesso com a equipa?”; 

 

2 – Envolver mais partes interessadas aumenta a confiança

Um fator crítico para o alcance dos objetivos do negócio é promover a confiança da equipa. A inclusão de todos os níveis da organização envolve uma mudança de prioridade de negócios para fazer a coisa certa para todas as partes interessadas. Neste ponto, a pergunta-chave é: “Como considerar e envolver diversas partes interessadas ao tomar decisões?”; 

 

3 – Há poder na empatia e na compaixão

A COVID-19 causou diversos efeitos como medo, insegurança, ansiedade, depressão, entre outros. Esses desafios representaram uma oportunidade para “recalibrar a empatia”, gerando um sentimento de maior união e compaixão nas organizações. A pergunta a fazer neste momento é: “Como mostrar compaixão, humildade e honestidade?” 

 

4 – Liderança significa que ninguém é deixado para trás

Mais do que nunca, os líderes devem ser “radicalmente inclusivos”. Assim, é papel da liderança encontrar maneiras inovadoras de garantir que todos têm acesso às oportunidades. Neste ponto, a pergunta que os líderes devem colocar-se é: “Como inovar para garantir a inclusão?” 

 

Através destas 4 lições, compreendemos que os desafios trazidos pela COVID-19 tornaram os “novos líderes” muito mais inovadores e determinados na busca de um impacto positivo para pessoas e organizações. Mas à medida que o mundo se recupera desta crise, é inevitável contar também com uma liderança cada vez mais responsável – afinal, sem ela, é provável que os negócios não sobrevivam à onda de mudanças e aos desafios que este momento apresenta.  

Para isso, desenvolver novas competências e preparar estes profissionais para guiarem as suas equipas neste novo cenário é a chave. Só através da formação e da requalificação seremos capazes de preparar líderes extraordinários e aptos para o futuro: líderes que promovam efetivamente a capacidade das suas equipas acompanharem o passo acelerado da mudança, mobilizando as pessoas para novos propósitos, realidades e para a superação dos novos desafios. 

*Este artigo foi publicado originalmente na revista Líder.


Sabia que o programa internacional de desenvolvimento de líderes Leader of the Future já ajudou mais de 10 000 líderes em todo o mundo a acelerar a sua performance pessoal e profissional?

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Escrito por

Arthur Diniz

Formado em Economia pela PUC-RJ e MBA pela Columbia Business School, em Nova Iorque. Atuou como executivo das áreas de Marketing, Comercial, Planeamento Estratégico e Desenvolvimento de Produtos durante 15 anos em empresas como Price Waterhouse, Citibank, Unibanco, Deutsche Bank e Grupo Santander Banespa.Foi eleito, em dezembro de 2001, um dos 20 CEOs do Futuro segundo a KornFerry, a revista Você S/A e a FIA-USP. Em 2003, fundou a Crescimentum.Certificado em Presence Coaching com Robert Dilts e Richard Moss e Especialista em Gestão de Cultura Organizacional pelo Barrett Values Centre. Especializou-se em Neurociência aplicada a Liderança pelo MIT Sloan Executive Education com a neurocientista Carla Tieppo.É certificado em Liderança em equipas de Alta Performance pelo Center for Creative Leadership e Authentic Leadership Development pela Harvard Business School de Boston. Certificado em Managing Energy, Executive Course pelo Human Performance Institute, na Flórida.Fez o curso Leadership Foundations com Peter Senge e especializou-se em liderança na Kellog School of Management, nos EUA. Certificado em Leadership Development for Human Resource Professionals pelo CCL. Formou milhares de pessoas em programas de desenvolvimento da liderança, team buildings, coaching de equipas, coaching de executivos, neurociência e neurociência aplicada ao T&D, em empresas como Volkswagen, Grupo Boticário, Jaguar Land Rover, Embraco, Banco do Brasil, Johnson & Johnson, Kraft Foods, Cart Invepar, Globo.com, Whirlpool, Uol, entre outras.É um dos criadores do programa de desenvolvimento de liderança Leader of the Future, agora disponível em Portugal através da CEGOC.
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