Aceleração em tempo de Covid-19

Catarina CorreiaHead of Marketing & Communication na CEGOC

A transformação dos negócios tem sido, sem dúvida, uma prioridade desde o aparecimento da Covid-19, uma vez que, por todo o mundo, as empresas foram forçadas a acelerar a um ritmo nunca antes visto.

No nosso mais recente handbook, Inspiration for Acceleration (Inspiração para a Aceleração), expomos as mais sábias palavras proferidas pelos oradores, no Business Transformation Summit, que realizámos em 2019. Tendo em conta a situação atual, as questões e as aprendizagens partilhadas neste livro tornam-se, hoje, ainda mais valiosas.

A pandemia lançou muitos modelos de negócio para um estado de transição. Estamos a aprendemos a lidar com os efeitos da pandemia nas nossas empresas e, neste livro, há três tópicos que estão em perfeita sintonia com o momento em que vivemos.

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A evolução é melhor do que a transformação

No início do confinamento, muitas organizações tiveram de fazer rapidamente um upgrade a nível tecnológico, para que as pessoas pudessem trabalhar a partir de casa, sempre que possível. Para quem já dispunha de toda a tecnologia necessária, a transição deu-se facilmente. Para isto, contribuiu também terem implementado uma forte estratégica que foram desenvolvendo ao longo do tempo. Quem tinha a estrutura errada, enfrentou várias dificuldades.

No Business Transformation Summit, Rahaf Harfoush, antropóloga digital, falou sobre a necessidade de os nossos modelos de negócio evoluírem, em vez de se avançar de forma precipitada para simplesmente nos mantermos competitivos.

"A evolução implica uma mudança constante, em que é necessária uma adaptação contínua às novas condições do mercado", refere Rahaf Harfoush. "E diz-nos também que o trabalho nunca está 'feito'. As pessoas não se transformam. As pessoas evoluem.”

A disrupção futura é inevitável. Se a pandemia nos ensinou alguma coisa, é que temos de estar preparados para o inesperado. A reflexão a longo prazo e o planeamento estratégico são a chave para o sucesso. Por isso, temos de nos certificar de que as nossas pessoas têm, no mínimo, a preparação adequada para uma mudança súbita na atividade empresarial.

Uma necessidade urgente de agilidade

No início de 2020, os líderes empresariais foram forçados a tomar rapidamente decisões perante uma mudança inesperada. E tiveram de fazê-lo num cenário de grande incerteza.

Julian Birkinshaw, professor de estratégia e empreendedorismo na London Business School, sugere que as empresas devem abraçar o que chama de "adocracia". Julian Birkinshaw define "adocracia" como a forma de aumentar o valor da ação e, em simultâneo, pôr em destaque a flexibilidade e a determinação. Ao mesmo tempo, os líderes devem-se concentrar em definir o caminho e permitir que outros encontrem as respostas. Isto significa que têm de se afastar das áreas em que se focam tradicionalmente – como a produtividade e a confiança em big data —, para criar um ambiente que fomente a criatividade e a experimentação.

É provável que a pandemia ainda fique connosco durante algum tempo. A liderança deve aproveitar esta oportunidade para delegar mais a tomada de decisão em toda a empresa, para inspirar soluções criativas para problemas complexos e imprevisíveis. Por sua vez, um modelo de negócio mais ágil permitirá que as empresas estejam mais bem preparadas para qualquer imprevisto no futuro.

Como liderar num ritmo acelerado

O planeamento a longo prazo é o ideal, mas, por vezes, o momento exige uma ação urgente. A pandemia é um exemplo perfeito.

Sophie Devonshire, especialista em marcas e autora de Superfast: Lead at Speed, abrodou os cinco passos que os líderes podem seguir para se prepararem para a rápida tomada de decisões. Em primeiro lugar, é preciso compreender-se a si mesmo. Depois, é preciso perceber de que forma a tecnologia pode ajudá-lo a agir rapidamente. É importante saber lidar com as pessoas, mas sem ter receio de ser agressivo quando se trata de estabelecer prioridades. Por fim, recupere e ganhe energia através do exercício físico e do descanso, dando-lhe tempo para pensar.

Gary T Judd, líder da prática global da Velocidade da Confiança de FranklinCovey, destacou a importância da confiança na liderança. Se as pessoas já confiam em si, é mais provável que sigam os seus pedidos durante uma crise. Mas se essa confiança for quebrada, então será muito difícil gerir uma crise.

Precisamos desesperadamente de líderes que mantenham a calma, mesmo sob pressão, e fiquem não desorientados perante enormes desafios, especialmente em tempos de crise. É, pois, importante melhorar as competências dos líderes, para que estes estejam bem preparados para outro contratempo.

No hanbook Inspiration for Acceleration (Inspiração para a Aceleração), são aprofundadas todas estas questões e muitas mais. À medida que lidamos com os efeitos da pandemia em curso, e tentamos planear de que forma saíremos dela, aprender com os que enfrentaram desafios semelhantes no passado é uma ajuda.

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Escrito por

Catarina Correia

Com mais de 16 anos de experiência na área de Marketing e Comunicação, sou uma entusiasta do marketing digital, com uma paixão especial por geração de leads e análise de resultados.

Atualmente, como Head of Marketing & Communication na Cegoc, dedico-me a criar estratégias que não só elevam a marca, mas também enriquecem as experiências de aprendizagem.

No centro do meu trabalho está a vontade de conectar, educar e inspirar através de estratégias de marketing bem pensadas e comunicação autêntica. Acredito firmemente que um marketing eficaz pode, e deve, servir como um catalisador para a aprendizagem contínua e desenvolvimento pessoal e profissional. Em cada projeto que abraço, procuro inovar e trazer novas perspetivas que possam não apenas atingir os objetivos de marketing, mas também enriquecer o setor de L&D com insights frescos e relevantes.

Este é o desafio que me mantém motivada e em constante busca por novas aprendizagens e melhores práticas na interseção entre Marketing, Comunicação e Formação.

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