O papel da liderança em tempos de crise

Catarina CorreiaHead of Marketing & Communication na CEGOC

As alterações profundas originadas pelo surto pandémico do COVID-19 durante a primeira metade de 2020 obrigaram líderes e liderados de todo o mundo a sair das suas zonas de conforto, estabelecendo uma linha de transição clara entre as práticas de liderança passadas e futuras. Para aprofundar esta e outras temáticas, Ricardo Martins, Diretor Geral da CEGOC, juntou-se a Arthur Diniz, Fundador e CEO da Crescimentum, num debate promovido no âmbito da segunda edição do evento onlineCrescimentum Connect.

 

 

Ricardo Martins partilhoucom os participantes desta conversa online alguns aspetos da realidadevivida em Portugal, tendo destacado algumas ideias-chave sobre o papelfundamental da liderança durante este período de crise e na retoma económicapós-COVID-19:

 

- A liderança é o que nos protege do caos

É papel do líder estruturar a realidade à sua volta e à volta das pessoas que tem na sua equipa para que todos possam lidar com contextos mais conturbados;

 

- O medo coletivo estagna pessoas e organizações

Reduzir a atividade numa primeira instância é uma decisão racional, mas agora que começamos a vislumbrar o mundo novo de amanhã, continuar parado pode ser o primeiro passo para o abismo. A liderança é chamada a aportar uma visão de médio e longo prazo;

 

- O distanciamento social acontece numa altura “feliz” para a humanidade

Dispomos de tecnologia que nos permite manter o contacto e a capacidade trabalhar, partilhar, colaborar e aprender à distância através da (tele)presença;

 

- Os líderes devem tentar antecipar as crises sempre que possível

As crises acontecem agora, como aconteceram no passado e vão continuar a acontecer no futuro. Ler os primeiros sinais e ter uma visão sistémica da situação é fundamental para antecipar cenários;

 

- É sobretudo nos períodos de crise que a liderança é chamada a intervir

Se os líderes e as lideranças fortes não existirem nos momentos mais difíceis, então para que nos servem? Cabe aos líderes encararem a “crise”, inspirados na origem etimológica da palavra, como um espaço de oportunidade e reinvenção;

 

- O investimento no talento das pessoas determina o futuro das organizações

Existem competências que tiveram de ser incrementadas nos últimos meses quase “à pressão”: trabalhar à distância, gerir equipas remotamente, capacidade de flexibilidade e multitasking… Sendo da responsabilidade dos líderes reforçar estas competências de forma continuada para garantirem os melhores talentos à sua volta não só hoje, mas no futuro.

 

 

Assista ao vídeo edescubra também quais as competências que os próprios líderes devem trabalharem momentos de crise como este, como é possível continuar a motivar e acelebrar as pequenas vitórias em equipa e como esta reclusão provocada peloCOVID-19 nos proporcionou vários ensinamentos acerca do mundo interdependenteem que todos vivemos.

Escrito por

Catarina Correia

Com mais de 16 anos de experiência na área de Marketing e Comunicação, sou uma entusiasta do marketing digital, com uma paixão especial por geração de leads e análise de resultados.

Atualmente, como Head of Marketing & Communication na Cegoc, dedico-me a criar estratégias que não só elevam a marca, mas também enriquecem as experiências de aprendizagem.

No centro do meu trabalho está a vontade de conectar, educar e inspirar através de estratégias de marketing bem pensadas e comunicação autêntica. Acredito firmemente que um marketing eficaz pode, e deve, servir como um catalisador para a aprendizagem contínua e desenvolvimento pessoal e profissional. Em cada projeto que abraço, procuro inovar e trazer novas perspetivas que possam não apenas atingir os objetivos de marketing, mas também enriquecer o setor de L&D com insights frescos e relevantes.

Este é o desafio que me mantém motivada e em constante busca por novas aprendizagens e melhores práticas na interseção entre Marketing, Comunicação e Formação.

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