Coronavírus: 10 dicas para profissionais de RH

Maria João CeitilManaging Director FranklinCovey PT | Head of Integrated Solutions Cegoc

Nesta situaçãoglobal de emergência de saúde pública, é importante que os profissionais de RecursosHumanos assumam total responsabilidade pela gestão da dinâmica não sócontratual, mas também relacional, junto de todos os colaboradores.

Muitas organizações já se viram obrigadas a tomar medidas sobre a reorganização das formas de trabalho, outras encontram-se a rever os seus planos de emergência. Quais são os elementos essenciais a considerar para enfrentar esta situação da melhor maneira possível?

 

 

Adotar uma visãoestratégica clara e zelar pela transparência na tomada de decisões rápidas quepossam ter impacto a médio e longo prazo são preocupações críticas nestemomento. Como consequência, a função de RH passa a ter também a seu cargo a missãode colocar as suas competências ao serviço da organização, contribuindo não sópara a compreensão dos riscos do negócio e dos constrangimentos legaisatualmente existentes, mas também para a leitura das dinâmicas sociaisrelacionadas com a organização do trabalho.

 

Indicações operacionais

Inspirados nas reflexões do CIPD (Chartered Institute of Personnel and Development) britânico e na SHRM (Society for Human Resource Management) americana, partilhamos 10 indicações operacionais para Managers e demais especialistas em Recursos Humanos:

  1. Siga os conselhos da Direção Geral de Saúde sobre formas eficazes de conter o vírus;
  2. Mantenha-se a par dos conselhos e medidas anunciados pelo Governo;
  3. Contribua para a preparação ou revisão dos planos de negócios da sua organização para gestão de crises;
  4. Comunique ativamente estes planos aos colaboradores, clientes e fornecedores;
  5. Avalie com otimismo as opções para que os colaboradores possam trabalhar remotamente. No caso de implementar o Smart Working e novas formas Agile de trabalhar e colaborar à distância, ajude os colaboradores (através de tutoriais e/ou infográficos) a adaptarem-se a esta nova realidade;
  6. Proporcione rapidamente formação aos Managers, especialmente nos níveis intermédios, para lhes dar competências básicas ao nível de gestão de pessoas remotamente;
  7. Para organizações que trabalham diretamente com clientes, considere a utilização de opções self-service e/ou a promoção de comunicações telefónicas e digitais para minimizar a interação presencial;
  8. Reveja e aperfeiçoe as políticas e procedimentos de saúde, segurança e bem-estar aplicadas aos colaboradores, em particular reconsiderando questões como a proteção da higiene pessoal e do escritório, distância social e horário de trabalho;
  9. Considere a possibilidade de proporcionar formação adicional às pessoas que trabalham em áreas críticas para que mais colaboradores tenham as competências necessárias para colmatar as ausências imprevistas nesta altura conturbada;
  10. Promova a consciência e o otimismo, evitando formas de distorção da informação (por exemplo, a subestimação) e o excesso desnecessário de preocupação (o pânico injustificado).

 


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*Artigo adaptado do original publicado aqui por Alessandro Reati.

Escrito por

Maria João Ceitil

Detentora de uma vasta experiência como Consultora e Formadora nos domínios de Gestão de Recursos Humanos, Gestão da Performance Organizacional e Executive Coach.

Ao nível da formação superior, possui um Mestrado Integrado em Psicologia Clínica pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), um Mestrado em Gestão do Potencial Humano pelo Instituto Superior de Gestão (ISEG) e uma Pós-Graduação em Gestão dos Recursos Humanos, na Perspectiva da Gestão com as Pessoas, pela Universidade Lusófona.

Possui também diversas certificações e formações, nomeadamente a Certificação em Executive Coaching pela Escola Europeia de Coaching de Lisboa, a certificação em Dynamic Coaching pela Go4 Consulting e a Formação Pedagógica Inicial de Formadores pela CEGOC.

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