A sua empresa segue ou dita tendências?

Cátia SilvaHead of Open Courses Business at CEGOC

No mundo de hoje, em contante mudança, grande parte das empresas corre o risco de ficar para trás.

Nos negócios - como na vida pessoal – temos tendência para nos acomodar a uma rotina. Porém, hoje mais do que nunca, na esfera empresarial é necessário evitar que isto ocorra. Novas tendências surgem diariamente e é preciso acompanhá-las em passo acelerado para ter sucesso e crescer.

 

 

A tecnologia avança a um ritmo ainda mais rápido do que o inicialmente esperado, e muitos de nós estamos já a sentir os efeitos destas mudanças.

A dificuldade para as empresas não está em seguir novas tendências, mas sim em seguir as tendências certas e adequadas. É importante identificar quais deve explorar.

Ian Altman, especialista em vendas e cronista na Revista Forbes, apresentou algumas das tendências de negócios que o vão surpreender em 2018. Nós destacamos três:

 

1 – A Inteligência artificial impulsiona a experiência do cliente

Quando pensa em Inteligência Artificial (IA), pode associá-la a interações menos humanas. Mas não confunda inteligência artificial com a automação do marketing primitivo.

Christopher Penn, especialista em inteligência artificial e Vice-Presidente de Tecnologia de Marketing na SHIFT Communications afirma: “Existem três níveis de aprendizagem das máquinas: IA, onde as máquinas executam tarefas normalmente realizadas por humanos; aprendizagem das máquinas, onde as máquinas aprendem sozinhas; e aprendizagem profunda, onde a aprendizagem da máquina une-se para uma aprendizagem mais rica”.

Empresas líderes estão a adotar a Inteligência Artificial para executar tarefas repetitivas e redundantes e para processar grandes quantidades de dados. Não o fazem para evitar a interação humana, mas sim para enriquecê-la.

 

2 – As comunidades preferem o vídeo em direto do que as redes sociais

A crescente utilização do smartphone pode fazê-lo pensar que as pessoas preferem as redes sociais às interações pessoais.

No verdade, grandes empresas perceberam que construir comunidades gera fidelidade à marca a longo prazo. E nada fortalece mais uma comunidade do que interações pessoais e ao vivo. Mesmo o vídeo ao vivo é melhor que o vídeo gravado. Conseguimos verificar isso com a popularidade do Facebook Live.

As empresas mais dinâmicas perceberam que as redes sociais e a tecnologia não substituem a necessidade de interações pessoais; e que estas podem, na verdade, tornar as interações ao vivo mais valiosas.

Não se surpreenda se grandes empresas, que reduziram os eventos ao vivo nos últimos anos, os tragam de volta e com mais força.

 

3 – As ações de marketing são mais eficazes quando o foco é o cliente e os seus problemas

Anteriormente, os profissionais de marketing costumavam recorrer frequentemente a ações e campanhas de ofertas. Todavia, hoje em dia, os clientes não demonstram grande interesse por promoções ou brindes.

Na realidade, o seu cliente ideal pode nem perceber o que pode ganhar ao utilizar o seu produto ou serviço. As empresas com melhor desempenho concentram-se nos problemas que podem resolver e centram as suas ações de marketing nos resultados que oferecem.

Isto é, empresas de sucesso pretendem “melhorar” a vida do seu público-alvo, resolver determinado problema que este apresenta ou criar uma necessidade. Exemplos de empresas que seguem esta estratégia são o Ikea (cujas campanhas tanto referem novos e inovadores utensílios de casa) e as inúmeras marcas de beleza que prometem a pele perfeita através da utilização regular de cremes ou maquilhagem.

Os clientes podem não estar interessados na solução que oferece se não tiverem consciência do problema que podem resolver com o seu produto ou serviço… E isto muda o foco, centrando-o na “pessoa”onde sempre deveria ter estado - o cliente.

 

E na sua empresa? Irão seguir alguma destas tendências? Ou criar outras ainda mais surpreendentes?

Escrito por

Cátia Silva

Licenciatura em Psicologia Social e das Organizações pelo ISCTE. Mestrado em Direção Comercial e Marketing pelo “Instituto Universitario de Posgrado” em Espanha.MBA Executivo em Gestão de Recursos Humanos pela Escola de Gestão & Negócios – Universidade Autónoma de Lisboa. Professional Diploma in Marketing Digital, pelo Digital Marketing Institute.

Practitioner em Programação Neuro Linguística pela “The Northern School of NLP & Associated Studies” no Reino Unido. Responsável pela Formação Inter Empresas CEGOC no seu todo e pela oferta específica na área de Vendas & Negociação Comercial tem, também, experiência na Gestão de Carteira de Clientes e na Gestão de Projetos de Intervenção/Formação.

Responsável pela condução de ações de formação em diversas geografias (Europa, América Latina e África), através de distintas modalidades (formação presencial, 100% digital, blended e outdoor).

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