Portugal – WHY?

Alina OliveiraConsultora, Formadora e Coach

Os investidores alocam seus recursos de acordo com as expectativas esperadas de risco e ROI. Em 2017 Portugal, pela 1ª vez, ficou em 22º lugar no estudo da AT Kearney, na avaliação do ambiente de negócios para atrair investimento direto estrangeiro (IDE), fundamental para o crescimento da economia do país (juntamente com as exportações e o consumo interno).

 

 

Teoria do Iceberg

Mas por que motivo Portugal ficou na frente da Noruega, da Áustria ou Brasil? As dificuldades são bem conhecidas, como a necessidade de aumentar a qualificação dos nossos líderes, a pequena dimensão do nosso mercado interno de 10 milhões de habitantes (apesar de devermos considerar a Europa e os Palops como o nosso mercado), a legislação laboral pouco flexível e a imprevisibilidade das relações com o estado.

 

Mas os motivos superam certamente as limitações, como o estudo aponta, e os mais óbvios são bem conhecidos: segurança e muito baixo nível de criminalidade, crescimento do PIB de + 2,7% em 2017, baixos salários em comparação com outros países europeus, flexibilidade do governo para desenvolver parcerias com investidores privados com benefícios fiscais, visto de ouro para investidores, baixos impostos para residentes estrangeiros ...

 

Mas há outros critérios cruciais, quase invisíveis, que se escondem por baixo do iceberg: + 637% em investimentos em TIC, a organização do Web Summit e de outros grandes eventos, a elevada qualidade de vida, a nossa resiliência e disciplina para superar a crise, a nossa política ambiental única, a oportunidade de crescimento do turismo e do segmento das TIC, a nossa capacidade de falar línguas estrangeiras (nomeadamente inglês), a nossa ligação aos Países de Língua Portuguesa em África e na América Latina com uma oportunidade target de 400 milhões de cidadãos, a nossa posição logística no centro do mundo (pelo facto de estarmos no centro do Mundo, com a mesma distância da América, da Ásia e África), a nossa inigualável meteorologia, a nossa fantástica comida, o nosso baixo custo de vida, a nossa simpatia, o nosso esforço para reduzir a burocracia com os programas administrativos “simplex”, o nosso empreendedorismo, a qualidade dos nossos RH qualificados ...

 

Temos apenas de emergir o iceberg e mostrar ao mundo que foram os Portugueses que inventaram a Globalização há mais de 600 anos com a conquista de Ceuta e os descobrimentos Portugueses. E que esta tendência inovadora disruptiva e arrojada se mantém 500 anos depois!

Escrito por

Alina Oliveira

Autora do livro “ Resiliência para Principiantes” – ed. Sílabo, 2010.Sou formadora e consultora nas áreas da gestão e liderança de equipas, resiliência, comunicação e gestão de conflitos, gestão do tempo, resolução de problemas, relações cliente/fornecedor.Um dos temas que mais me apaixona é a Resiliência, o que me levou a escrever um livro sobre essa temática: “Resiliência para Principiantes”.
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