O que é isso de ser um “bom líder”?

António Luís LopesTécnico Sénior – Área de Suporte Corporativo

Uma das questões clássicas na Gestão de Pessoas é a seguinte: “O que é isso de ser um “bom líder”?...”. Será possível dar uma resposta universal e inquestionável? Creio que não.

 

 

Um bom líder é…

Em primeiro lugar porque um “bom líder” numa cultura ocidental, por exemplo, poderá não ter o mesmo reconhecimento num qualquer outro “ambiente” cultural (…e aqui começamos a perceber que, eventualmente, uma das características necessárias para se ser considerado um “bom líder” passará pela capacidade de adaptação a diferentes contextos socioculturais numa Economia que está cada vez mais globalizada…).

Em segundo lugar porque poderão alguns considerar que um “bom líder” é aquele que atinge resultados – mas deixar atrás de si um tal “rasto” de “destruição” que faça “outros” considerarem-no uma mera reencarnação de Átila, o Huno, num contexto empresarial.

Contudo… podemos encontrar um determinado “perfil” se insistirmos em obter resposta à nossa pergunta:

 

“Afinal, o que é isso de ser um “bom líder”?...

 

Tentemos refletir durante alguns minutos em conjunto… Esqueça o mundo “lá fora” e concentre-se apenas nesta questão.

Recorde-se das diferentes “chefias” que teve ao longo da sua vida profissional…

  • Que “traços” marcantes ficaram de cada uma delas?...
  • O que lhe “ensinaram”?...
  • Quais as que partilharam Conhecimento consigo?...
  • Que desafios lhe colocaram e que lhe permitiram “crescer” profissionalmente?... Sentiu-se sempre respeitado enquanto Pessoa ou tratado como mero “recurso”?...
  • As suas sugestões foram ouvidas?...
  • Os sucessos foram partilhados por toda a equipa ou a “chefia” apropriava-se deles?... Havia espaço para os afetos sem descurar os resultados?...
  • Eram recompensados os desempenhos ou punidas as “personalidades”?...
  • Havia um sentimento de equidade na forma como todos os elementos da equipa eram tratados?...
  • De quais tem saudades e quais as que desejaria nunca ter conhecido?... E porquê?...

 

Poderá colocar muitas outras questões, obviamente. Mas o “caminho” a percorrer será o mesmo. E, no final, certamente, conseguirá identificar quem foram os mais competentes (porque trabalharam e atingiram resultados, para toda a organização, COM as pessoas), os mais justos (porque nunca confundiram simpatias pessoais com avaliação do trabalho efetivamente feito por cada qual), os que mais se preocuparam com o futuro (desenvolvendo novas lideranças sem receio de serem ultrapassados), os que não viraram a cara às dificuldades (mas nunca confundiram processos de “downsizing” com “ajustes de contas”).

Neste momento estou certo que irá encontrar a resposta à pergunta que ficou lá em cima, no título…

 


Consulte a área de Liderança no site da Cegoc.

Escrito por

António Luís Lopes

  • Licenciatura – Sociologia – FCSH – Un. Nova de Lisboa
  • Pós Graduação – Gestão RH – INDEG / ISCTE

Experiência Profissional:
– 1987 – 1989 – Oficial da Reserva Naval na Marinha de Guerra Portuguesa;
– 1990 – Chefe do Serviço de Pessoal – Gráfica Europam / Publicações Europa-América – Mem Martins;
1990 – 2015 – Técnico – Gabinete de Estudos e Planeamento – Direção de Pessoal / CGD – Caixa Geral de Depósitos; Técnico – Gabinete de Recrutamento, Estágios e Formação; Coordenador de Gabinete – Unidade de Comunicação RH da Direção de Pessoal – CGD;
Atualmente – Assessoria Técnica / Suporte Corporativo (Área de Apoio à Administração) – CGD;
– Formador profissional em regime livre;
– Diversos artigos publicados sobre Comunicação Interna e Gestão RH em revistas da especialidade; orador convidado na 11ª Expo RH – Centro de Congressos do Estoril – Março 2012.

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