Existe uma receita para tornar as empresas mais competitivas?

Alina OliveiraConsultora, Formadora e Coach

Se nos queremos tornar mais competitivos vamos “cortar o elefante em partes”, definir indústria a indústria, mercado a mercado onde queremos chegar e aí sim encontrar a forma de sermos mais competitivos. Não acredito em receitas generalistas e em diagnósticos transversais. Acredito que para sermos competitivos temos de nos diferenciar dos nossos competidores, seja no produto, no preço, na qualidade, na inovação, na distribuição, no espaço geográfico de comercialização ou em outro processo da cadeia de valor comercial. Esta diferenciação aliada a uma visão e uma estratégia permite que as empresas se possam colocar na dianteira para a comercialização dos seus produtos.

Competitividade - Identificação de áreas importantes

Fala-se de competitividade e da necessidade de nos tornarmos competitivos como se de um passo de magia se tratasse. Fala-se que temos de nos tornar competitivos, mas não identificamos as áreas em que queremos que essa competitividade surja. Esse deveria ser o primeiro passo.
Sem esta identificação clara torna-se fácil de falar e difícil de concretizar. Se queremos uma visão de futuro é imperioso que se tomem medidas e estratégias concretas, devidamente contextualizadas por indústrias e mercados. É importante saber que tipo de medidas temos de tomar e quais são os caminhos alternativos que temos para atingir os objetivos a que nos propomos. É preciso definir objetivos reais, mensuráveis e temporais!

 

Competitividade - Diferenciação da concorrência

Se nos queremos tornar mais competitivos vamos “cortar o elefante em partes”, definir indústria a indústria, mercado a mercado onde queremos chegar e aí sim encontrar a forma de sermos mais competitivos. Não acredito em receitas generalistas e em diagnósticos transversais. Acredito que para sermos competitivos temos de nos diferenciar dos nossos competidores, seja no produto, no preço, na qualidade, na inovação, na distribuição, no espaço geográfico de comercialização ou em outro processo da cadeia de valor comercial. Esta diferenciação aliada a uma visão e uma estratégia permite que as empresas se possam colocar na dianteira para a comercialização dos seus produtos.
Contudo, para que isto aconteça sugiro que se dê atenção ao que diria Sun Tzu:

If you know the enemy and know yourself, you need not fear the result of a hundred battles. If you know yourself but not the enemy, for every victory gained you will also suffer a defeat. If you know neither the enemy nor yourself, you will succumb in every battle.

 

Conhecer: a si mesmo, o mercado e concorrentes

competitTemos de nos conhecer, de conhecer o mercado e de conhecer os nossos concorrentes para encontrarmos o caminho e as competências necessárias a um comportamento assertivo, único e competitivo.
Portanto, proponho de uma vez por todas queiramos dar um salto de gigante na competitividade das empresas Portuguesas, para que isso aconteça devemos identificar qual ou quais as indústrias que queremos tornar mais competitivas e a partir desse momento reconhecer o espaço geográfico e os competidores que existem para essa indústria. Desta forma conseguiremos estudar todo o contexto e modelar as nossas empresas para as tornar ou permitir que se tornem alternativas credíveis e competitivas num mercado global como é este em que nos encontramos.

 

Criação de um comportamento organizacional competitivo

Acredito na mão-de-obra especializada das organizações Portuguesas e na capacidade de criar produtos diferenciadores que se insiram num mercado premium. Por este motivo sou apologista da criação de uma entidade orientadora, pública ou privada que promova o crescimento, a competência e o conhecimento, que disponibilize às empresas informação que seja dinamizadora e que apresente alternativas de mercado neste mercado global. Esta informação seria um recurso determinante para a criação de um comportamento organizacional competitivo e para um crescimento das organizações Portuguesas no mercado internacional.
O sucesso desta  “parceria” passa pela vontade das empresas serem sustentáveis e pela vontade do governo português em criar políticas direcionadas por indústria que tenham por base mecanismos de auxílio à gestão, à estratégia organizacional, ao planeamento e ao associativismo entre as pequenas e médias empresas.

A competitividade tem ramificações complexas...

A competitividade é tomada como simples na sua essência, no entanto tem ramificações complexas que necessitam de um grande conhecimento das variáveis que definem a indústria para criar novas alternativas ao atual status quo e permitir competir pela inovação e pelo desenvolvimento de produtos de qualidade.

Foco no essencial

Vamos focar-nos no que é essencial, vamos investigar as alternativas e o mercado de cada indústria que queremos impulsionar e definir políticas que permitam as empresas agirem e tornarem-se melhores e com mais qualidade!
As oportunidades multiplicam-se à medida que são apreendidas e por isso devemos viver o futuro com um foco no presente sem nunca esquecer os caminhos do passado. Está na hora de agirmos em prol de um futuro sustentado, consciente e ao mesmo tempo direcionado.

 

Escrito por

Alina Oliveira

Autora do livro “ Resiliência para Principiantes” – ed. Sílabo, 2010.Sou formadora e consultora nas áreas da gestão e liderança de equipas, resiliência, comunicação e gestão de conflitos, gestão do tempo, resolução de problemas, relações cliente/fornecedor.Um dos temas que mais me apaixona é a Resiliência, o que me levou a escrever um livro sobre essa temática: “Resiliência para Principiantes”.
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