Liderança e Coaching

Mário CeitilPresidente da Mesa da Assembleia Geral da APG (Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas)
  • - Promover a excelência nas pessoas e nas equipas


Liderança e Coaching

- Promover a excelência nas pessoas e nas equipas

 

Businessman hand showing excellence word in crystal ball

O Coaching é atualmente considerado como uma ferramenta (a que outros atribuem a designação de modelo, perspetiva, ou outra) fundamental para o Desenvolvimento Pessoal e para a construção de Equipas de Elevado Desempenho. A Formação emCompetências de Coaching nos líderes empresariais constitui, por isso, um investimento de elevado valor acrescentado para a promoção da excelência das pessoas e das equipas nas organizações.

 

Liderança e Coaching: diferenças importantes

Subsiste, no entanto, alguma confusão entre estes dois conceitos, para além da controvérsia sobre a utilização de ferramentas de coaching por pessoas que, não sendo coaches profissionais, pretendem utilizar essas ferramentas no contexto das suas ações como líderes e managers dos seus colaboradores e das suas equipas.

Não existindo linhas de rutura entre a Liderança e o Coaching, há, todavia, diferenças importantes que devem ser respeitadas e, mesmo, acauteladas nas suas aplicações aos contextos organizacionais.

Assim, e muito embora ambas possam ser consideradas modalidades de intervenção sobre pessoas e equipas, orientadas para a promoção da melhoria das performances e para a revelação dos seus potenciais e dos seus talentos, a “agenda” da Liderança, que determina as intenções fundamentais das práticas, é, em princípio, definida e controlada pelo líder, enquanto, no coaching, é o coachee quem, verdadeiramente, “comanda” o processo.

O Líder que, em contextos organizacionais, tem, por vezes, de representar também o papel de “chefe”, “avaliador” e até decisor em matérias disciplinares complexas e delicadas, tem mais dificuldade em manter o distanciamento crítico e a neutralidade empática que são requeridas às intervenções de coaching, não podendo, muitas vezes, permitir-se o “luxo” de respeitar incondicionalmente a vontade e o ritmo do liderado/subordinado/coachee.

 

O líder-coach

Sendo, portanto, um território complexo, movediço e repleto de armadilhas e de “rasteiras”, requer-se do líder, que pretenda utilizar as ferramentas de coaching como apoio e suporte das suas ações de gestão e de liderança, uma capacidade adicional de autoconsciência, contenção emocional e distanciamento dos seus próprios referenciais pessoais que, reconheça-se, não é tarefa fácil.

E embora não seja exigido ao Líder/Coach qualquer tipo de certificação, como acontece para aqueles que pretendam tornar-se Coaches profissionais, a preparação técnica e humana que é requerida para se conseguir “circular” por entre os diferentes papéis de Líder, Gestor e Coach, comporta igualmente um grande nível de exigência, aconselhando a participação em programas de formação adequados e desenhados em função deste tipo específico de contextos e, se for possível, das características particulares dos diferentes participantes.

 

Uma Grande Pessoa...um Grande Líder

As novas mentalidades e as novas práticas de Liderança convocam, em permanência, novas e mais exigentes competências por parte das pessoas que assumem a responsabilidade de liderar e comandar pessoas e equipas nas organizações; por isso, talvez não seja despiciendo revisitar, embora num registo diferente, uma das velhas máximas que enfocou as teorias clássicas da Liderança nas organizações: a de que, para se ser um Grande Líder, é necessário ser…uma Grande Pessoa.

 

 

Escrito por

Mário Ceitil

•Licenciado em Psicologia pelo ISPA;•Professor Universitário;•CERTIFIED EXECUTIVE COACH pelo FranklinCovey/Columbia University Executive Coach Certification Program (Salt Lake City – EUA);•PROGRAMA DE FORMACIÓN DE COACHES PROFESIONALES – Nivel Básico (ACSTH – Approved Coach Specific Training Hours), pela Escuela de Coaching Ejecutivo da Tea-Cegos (Madrid, Espanha);•PROGRAMA DE FORMACIÓN DE COACHES PROFESIONALES – Nivel Avanzado (ACSTH – Approved Coach Specific Training Hours), pela Escuela de Coaching Ejecutivo da Tea-Cegos (Madrid, Espanha);•Managing Partner da Cegoc, de 1993 a 2015;•Consultor e Formador da Cegoc, desde 1981.•Coordenador da Escola de Coaching Executivo (2015/2016),
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